Em um livro de nossa autoria (O Livro das Velas) começamos a mostrar as irradiações das chamas das velas e as denominamos de ondas vibratórias.
Em outros dos nossos livros, abrimos um pouco mais o Mistério das Vibrações Divinas e tudo foi assumindo forma.
Chegamos a comparar as ondas vibratórias aos genes, pois tal como eles, elas têm funções e realizam ações específicas na criação, porque cada modelo de onda transporta uma energia específica que é capaz de realizar um trabalho só seu.
Sempre de forma didática e prática, desenvolvemos comentários sobre as ondas vibratórias e a energia transportada por cada uma delas denominando-as de “Fatores de Deus”.
Em vários livros de nossa autoria os fatores são nomeados com o nome de verbos, assim como são classificadas as ondas vibratórias, tornando fácil o entendimento de tão complexo mistério de Deus.
Os mistérios das ondas vibratórias e dos fatores de Deus, guardadas as diferenças, são tão complexos quanto a física e a química, estudadas no plano material.
Física:
Para as “ondas vibratórias”.
Química:
Para os “fatores de Deus”.
Observem que os físicos e os químicos vêm desenvolvendo o conhecimento humano de forma maravilhosa e, de tempo em tempo, surpreendem a humanidade com a descoberta de leis e princípios que tanto respondem a muitas indagações, como imediatamente são aplicadas na vida criando novos conhecimentos e novos produtos.
Assim, o sobrenatural vai cedendo seu lugar ao natural porque se tornou compreensível e foi colocado sob determinado controle (o da ciência).
Mas, se assim tem acontecido com todas as ciências acadêmicas terrenas, o mesmo não se aplicava com as coisas religiosas e magísticas, sempre relegadas ao sobrenatural.
No nosso modelo de abordagem e de comentários sobre o universo divino, o natural, o espiritual e o magístico é racional e aos poucos vem delineando-os sob uma nova visão ou ângulo de observação.
Quando alguém dizia que tal folha ou erva é de um orixá e se perguntado porque ela é desse orixá e não de outro, e ouvimos como resposta que ela é dele porque é, pois foram os “mais velhos” que ensinaram isso, ficava uma fresta para a dúvida, porque faltava toda uma explicação que se justifica tal afirmativa.
Pacientemente, e de livro em livro, toda uma ciência e um modelo explicativo foi tomando forma e criando um modelo racional fundamentador das afirmações corretas, dos nossos “mais velhos” que, se eram verdadeiras, no entanto, sofriam pela falta de um “modelo explicativo e fundamentador”.
Quando, após a publicação de vários livros teóricos e didáticos, toda uma ciência divina delineou-se tudo foi sendo explicado e fundamentado.
Então, chegamos a um modelo padrão que responde à maioria das perguntas e fundamenta quase tudo o que está na Umbanda, e o que se usa nos trabalhos espirituais e magísticos dentro e fora dos seus centros.
O modelo é este:
- Olorum (Deus) é o princípio de tudo e está em tudo o que criou e gerou de si. Como Deus criou e gerou tudo, Ele é o princípio de tudo e tudo se inicia Nele.
Porque tudo se inicia em Deus então tudo tem seu princípio e está fundamentado Nele. Logo, tudo tem seu princípio criador e gerador.
Esse princípio criador-gerador que cada uma das coisas criadas por Deus traz em si, distingue-a e diferencia-a de todas as outras e dá-lhe uma individualização que facilita sua identificação, sua classificação e sua denominação.
– Nós, os seres racionais, em nosso planeta e em seu lado material, nos identificamos como humanos, nos classificamos como mamíferos e nos denominamos como seres humanos, separando-nos de outras espécies criadas por Deus em outros dos seus princípios criadores-geradores.
O que justifica essa afirmação é o fato de seres humanos só gerarem seres humanos, só bovinos gerarem bovinos, só eqüinos gerarem eqüinos, etc., entre os mamíferos, mas de espécies diferentes.
– Já entre os vegetais, que também têm seus princípios criadores-geradores específicos e fundamentados em Deus (pois todos concordamos que ele criou e gerou tudo), eles também têm suas identidades próprias e uns são classificados como pertencentes a uma espécie e outras a outras.
Observação: “Aqui não usaremos os nomes científicos e sim os populares para nomearmos tudo e todos”.
Porque cada espécie vegetal tem seu princípio criador-gerador em Deus, elas também têm suas identidades e individualidades que as distinguem entre si.
– Também, se observarmos os minérios e as rochas veremos que cada espécie tem seu princípio criador-gerador específico que a individualiza e a identifica separando-a das outras espécies.
– O mesmo ocorre com as aves, com os peixes, com os répteis, com os ..., etc.
E cada coisa criada e gerada por Deus traz em si seu princípio criador-gerador que tanto a identifica, a classifica e a denomina, individualizando-a, assim como a impede de, a partir de si, criar e gerar outras coisas ou outras espécies.
Com isso a criação e o geracionismo original e fundamentado em Deus está garantido, não se desvirtuando e não degenerando nada e ninguém.
– O conservacionismo é um dos princípios existentes em Deus.
O nosso modelo contempla três estados para tudo o que Deus criou e gerou:
• Estado divino
• Estado espiritual
• Estado natural
No estado divino tudo é divino. No estado espiritual tudo é espiritual. No estado natural tudo é natural.
O que é divino mostra-se como divino. O que é espiritual mostra-se como espiritual. O que é natural mostra-se como natural.
– Tudo o que existe em um dos estados das coisas criadas e geradas por Deus também existe nos outros dois estados, mas já se mostrando no estado em que se encontra.
A partir daí, então, só há um mesmo princípio que cria, gera e dá sustentação a uma coisa (uma espécie) no seu estado divino, no espiritual e no natural, pois a razão e a lógica nos faz crer que não poderia haver três princípios (um para cada estado) para uma mesma espécie, porque aí não manteriam a correspondência identificatória, classificatória e denominativa.
E, finalmente chegamos a essa afirmativa: – Deus é único e é em si o princípio de tudo.
– Tudo, por ter origem em Deus e por ter sido criado e gerado em um princípio específico, o traz em si e tanto tem sua individualização sustentada por Ele, como pode ser identificado, classificado e denominado por Ele.
– E, porque tudo se mostra nos três estados, mas cada coisa gerada e criada por Deus o é em um princípio único, então um único e específico princípio sustenta, identifica, classifica e nomeia cada coisa (espécie) nos seus três estados (o divino, o espiritual e o natural).
– Logo, o que encontramos, identificamos, individualizamos, classificamos e nomeamos em um dos três estados da criação também existe nos seus dois outros estados, ainda que, por nos encontrarmos em um deles, os outros dois não nos sejam visualizáveis ou acessíveis.
E, como tudo tem sua origem e seu princípio sustentador em Deus a unidade é mantida, pois é uma espécie não gera outra, mas só a sua, mantendo-se única na Criação.
Daí, com essa forma de identificação, classificação e denominação entendida, basta recorrermos a um modelo cientifico para agruparmos e nomearmos as coisas criadas e geradas por Deus, para chegarmos aos princípios gerais ou universais e aos princípios específicos e limitados a uma espécie.
– Como cada espécie de vegetal tem seu princípio criador-gerador específico, mas todos são classificados como vegetais, então temos um princípio geral e universal, sustentador de todos os princípios específicos vegetais que os individualizam, os classificam e os nomeiam.
– E o mesmo acontece com os minérios, rochas, aves, peixes, etc.
Logo, ao invés de estudarmos Deus através de muitos princípios específicos, o nosso modelo recomenda fazê-lo a partir dos princípios gerais e universais.
E, como a Umbanda é regida pelo Setenário Sagrado, nos afixamos em sete princípios gerais e universais sustentadores do que se mostra aos nossos olhos na natureza terrestre (o estado natural) em seu lado material.
– Temos um princípio vegetal sustentando os vegetais.
– Temos um princípio mineral sustentado os minerais, etc.
Daí englobamos tudo em sete princípios gerais e universais, que são estes:
• Princípio cristalino
• Princípio mineral
• Princípio vegetal
• Princípio ígneo
• Princípio eólico
• Princípio telúrico
• Princípio aquático
Esses sete princípios englobam tudo o que se mostra em seu estado natural e conseguimos identificar, classificar e nomear cada coisa (ou espécie) criada e gerada por Deus nesse estado.
• Os cristais, individualizados, formam a natureza em sua parte cristalina.
• Os minérios formam a parte mineral da natureza.
• Os vegetais formam a parte vegetal da natureza.
• As temperaturas das coisas formam a parte ígnea da natureza.
• Os gases formam a parte eólica da natureza.
• Os solos formam a parte terrena da natureza.
• Os líquidos formam a parte aquosa da natureza.
Esses sete princípios gerais e universais são os sete princípios criadores-geradores existentes em Deus para o estado natural, que estão no Setenário Sagrado.
E, como tudo que se encontra em um estado (aqui, o natural) encontra-se nos outros dois, mas mostra-se em acordo com eles, e mantêm-se sustentados pelos mesmos princípios gerais e específicos, então basta transpormos esse Setenário Sagrado para o estado espiritual que encontraremos pessoas, animais, aves, répteis e etc (que são seres espirituais) sustentados por esses sete princípios gerais e universais. Nós os denominamos dessa forma:
• Seres ou espécies espirituais cristalinos
• Seres ou espécies espirituais minerais.
• Seres ou espécies espirituais vegetais.
• Seres ou espécies espirituais ígneos.
• Seres ou espécies espirituais eólicos
• Seres ou espécies espirituais terrenos
• Seres ou espécies espirituais aquáticos
Mas, como para cada estado, cada coisa tem sua forma de mostrar-se, ainda que o seu princípio geral e único seja o mesmo, então transformamos gradativamente o modelo natural, para os sentidos da vida, também englobados pelo Setenário Sagrado, e que são estes:
• Sentido da Fé à princípio criador, gerador e sustentador dos cristais ou das rochas.
• Sentido do Amor à princípio criador, gerador e sustentador dos minerais.
• Sentido do Conhecimento à princípio criador, gerador e sustentador dos vegetais.
• Sentido da Razão ou da Justiça à princípio criador, gerador e sustentador das temperaturas.
• Sentido do Caráter ou da Lei à princípio criador, gerador e sustentador da ordem.
• Sentido da Sabedoria ou da Evolução à princípio criador, gerador e sustentador da evolução das espécies e das passagens de um estado para outro.
• Sentido da Criação e da Geração à princípio criador, gerador e sustentador da multiplicação das espécies.
Nos seres humanos, essa transposição do que existe e se mostra no estado natural, gerou arquétipos físicos e psicológicos, sendo que aqui daremos só o segundo, pois o primeiro já é de conhecimento geral.
• Sentido da Fé à seres religiosos;
• Sentido do Amor à seres agregadores
• Sentido do Conhecimento à seres expansores
• Sentido da Justiça à seres equilibradores
• Sentido da Lei à seres ordenadores
• Sentido da Evolução à seres transmutadores
• Sentido da geração à seres geracionistas
A partir do estabelecimento de um modelo analógico, passamos a recorrer à analogia para identificarmos as coisas e seus princípios criadores-geradores-sustentadores-identificadores-classificadores-nomeadores. Até aqui temos isto:
Fé – Religiosidade – Cristais
Amor – União – Minerais
Conhecimento - Expansão - Vegetais
Justiça – Equilíbrio – Temperaturas
Lei – Ordem – Gases
Evolução – Transmutação – Terras
Geração – Geracionismo – Águas
Essa correspondência analógica nos mostra sete sentidos, sete aspectos dos seres e sete elementos da natureza terrestre.
Como tudo o que se mostra no estado natural também se mostra nos outros dois ainda que em acordo com o estado onde está se mostrando, então podemos transpor esses sete sentidos para o estado divino da criação, que encontraremos seres divinos que também se adaptam a ele e nos permitem identificá-los, classificá-los e nomeá-los.
• No estado natural temos os elementos formadores da natureza terrestre: cristal, mineral, vegetal, fogo, ar, terra e água.
• No estado espiritual temos os espíritos associados aos elementos através dos sentidos: da fé, do amor, do conhecimento, da justiça, da lei, da evolução e da geração.
• No estado divino temos os sete mistérios maiores sustentadores da vida, que nos permitem associá-los aos poderes emanados por Deus e nos permitem identificar, classificar e nomear suas divindades regentes:
• Mistério da Fé - Divindade da Fé
• Mistério do Amor - Divindade do Amor
• Mistério do Conhecimento - Divindade do Conhecimento
• Mistério da Justiça - Divindade da Justiça
• Mistério da Lei - Divindade da Lei
• Mistério da Evolução - Divindade da Evolução
• Mistério da Geração - Divindade da Geração
Estas divindades-mistérios podem ser identificadas, classificadas e nomeadas, mas só através do estado natural, porque nele suas vibrações divinas estão dando sustentação à formação e manutenção dos elementos, e que também são os captadores, os absorvedores, os concentradores, os condensadores e os irradiadores dela para os seres e para os meios.
– Como as vibrações de uma divindade-mistério, que é em si uma manifestação de Deus e rege um dos sete sentidos da vida, quando entram no estado natural da criação fazem surgir um dos sete elementos, que as captam e as irradiam para os seres e para os meios, então, por analogia, temos como identificar, classificar e nomear cada uma delas, que são estas:
• Irradiação da Fé
• Irradiação do Amor
• Irradiação do Conhecimento
• Irradiação da Justiça
• Irradiação da Lei
• Irradiação da Evolução
• Irradiação da Geração
Daí, como os meios naturais se mostram energeticamente de várias formas, gerando meios diferentes, foi preciso estudar aqueles onde cada uma dessas irradiações mais se destacavam e mais facilmente podiam ser estudadas.
Isso, essa necessidade nos levou às dimensões elementais, onde o elemento resultante da vibração divina predominam e identificam, classificam e nomeiam cada uma delas, ao que nelas existe, aos seres que nelas vivem e às suas divindades naturais regentes.
• O estado divino da criação nos é invisível e, por ser um estado puramente mental, nos é inacessível.
• O estado natural da criação, por ser energético, magnético, vibratório e elemental tanto nos é visível quanto acessível.
Daí, foi só um passo adentrarmos nas dimensões elementais básicas e identificarmos, classificarmos e nomearmos tudo e todos, a partir do nosso entendimento espiritual.
Com um modelo analógico pronto tudo ficou fácil e resultou numa tabela comprovável.
Com esta tabela, uma correspondência pode ser estabelecida, bastou substituir os nomes das divindades mistérios por orixás para surgir um panteão divino que nos é compreendido e que, no estado natural pode ser visualizado e descrito:
• Divindade-mistério da Fé - à Orixás da Fé
• Divindade-mistério do Amor - à Orixás do Amor
• Divindade-mistério do Conhecimento - à Orixás do Conhecimento
• Divindade-mistério da Justiça - à Orixás da Justiça
• Divindade-mistério da Lei - à Orixás da Lei
• Divindade-mistério da Evolução - à Orixás da Evolução
• Divindade-mistério da Geração - à Orixás da Geração
Por correspondência temos isto:
• A Divindade-mistério da Fé é um mistério de Deus que, manifestado, é um mental divino universal onipotente, onisciente e oniquerente, que rege o sentido da fé, irradia suas vibrações para o estado natural e faz surgir a dimensão elemental cristalina, onde predomina uma energia específica condensada nos cristais (nas rochas) e que, quando absorvida pelos seres espirituais desperta no íntimo delas sentimentos de fé, de fraternidade e de confiança. Essa Divindade-mistério identificada, classificada e nomeada Orixá da Fé, rege integralmente o sentido da fé e pontifica a irradiação da fé, pois a é em si.
• Como toda irradiação divina tanto é ativa como passiva, ela tem dois pólos que a projetam para tudo e para todos.
• Como esses pólos só podem ser visualizados e estudados no estado natural da criação, nesse podem ser identificados, classificados e nomeados os orixás naturais responsáveis por eles e pela manutenção do equilíbrio em suas irradiações (ativa e passiva).
• Como esses orixás naturais podem ser visualizados nós os identificamos, classificamos e nomeamos como Orixás da Fé.
• Como uma irradiação tem dois pólos, no pólo ativo da fé identificamos um orixá feminino que classificamos como orixá feminino da fé e o nomeamos Oyá-Logunan.
No pólo passivo identificamos um orixá masculino que classificamos como orixá masculino da fé e o nomeamos Oxalá.
A visualização desses orixás não pode ser direta, porque eles são em si um estado natural da criação: o cristalino.
Nós os visualizamos, estudamos, identificamos, classificamos e nomeamos através dos seres naturais, que são membros de suas hierarquias. E isto foi possível, porque o que se mostra em um estado está nos outros, e vice-versa.
Os membros das hierarquias naturais são nomeados seres naturais de natureza divina ou orixás naturais. Já, os seres da natureza regidos e amparados por eles são nomeados seres de natureza espiritual.
Também encontramos uma correspondência direta entre os seres de natureza divina e os de natureza espiritual, confirmando mais uma vez que o que está em um estado mostra-se nos outros dois, ou seja:
• O que está nos seres de natureza divina mostra-se nas divindades e no espíritos.
Simplificando, temos isto:
• Divindade-mistério regente do sentido da Fé à orixás regentes da fé à seres de natureza divina sustentadores da Fé à seres naturais cristalinos à espíritos regidos e sustentados pelo sentido da Fé.
Em sentido contrário (do micro para o macro) já que podemos visualizar, identificar, classificar e nomear os seres espirituais, os naturais, os de natureza divina, as divindades naturais em ativos e passivos e em masculinos e femininos, também podemos fazer o mesmo com a Divindade-mistério da Fé. E o fazemos desta forma:
• A Divindade-mistério da Fé, denominado Orixá da Fé é em si um mistério maior de Deus, porque traz em si o duplo aspecto dele e de sua criação. Tanto é ativo quanto passivo; tanto é masculino como feminino e, em si, essa dualidade o caracteriza como criador e gerador, predicado este só encontrado em Deus.
Logo, o Orixá-mistério da Fé é Deus manifestado em um dos sete sentidos da vida, criando, gerando e sustentando tudo e todos criados e gerados por Ele nesse sentido.
A correspondência direta entre o Orixá da Fé, as divindades naturais cristalinas, os seres divinos cristalinos, a dimensão elemental cristalina, os seres naturais cristalinos, os espíritos regidos pelo sentido da fé, os elementos da natureza condensadores das vibrações divinas e seus irradiadores naturais, podem ser comprovadas até um certo nível ou estado da criação (o natural), porque dali em diante só o processo analógico nos permite identificar, classificar, nomear e estudar, pois dali em diante tudo torna-se invisível aos nossos olhos e impenetráveis à nossa mente.
Mas a regra de ouro que nos ensina que o que está em Deus está na sua criação e nas suas criaturas (os três estados), justifica a nossa certeza na divindade dos Sagrados Orixás, nos seus poderes, nos seus domínios, nas suas regências e nas suas ascendências sobre nós, os espíritos humanos.
Também justifica o culto religioso e o auxílio magístico dirigido a eles, pois de verdade, neles tudo encontra fundamentação elemental, natural, espiritual e divina.
Até nossas filiações por orixás, está fundamentada nesse modelo desenvolvido por nós, pois se temos na regência dos sete sentidos, das sete vibrações, das sete irradiações e dos sete elementos e das sete dimensões elementais básicas suas regências e suas presenças divinas, não há como não estar ligado e estar sendo amparado por um deles.
Tudo é uma questão de deixar as emoções humanas de lado e usar a razão, pois até nossa personalidade íntima, nossos gostos, humor e predileções, encaixam-se dentro desse modelo identificatório, classificatório e nomeador.
Só não vê e não o aceita, quem não quer ou ainda é extremamente ignorante sobre Deus e seus mistérios.
Umbanda é religião; tem seus mistérios; tem seus fundamentos; está fundamentada em Deus e os três estados da criação estão tão visíveis dentro de um terreiro de Umbanda que só não os vê quem não quer.
• O estado divino mostra-se nos poderes sustentadores da Umbanda e nos trabalhos realizados dentro do seus templos.
• O estado natural mostra-se no espaço material e nos elementos usados pelos guias espirituais e pelos seus médiuns.
• O estado espiritual mostra-se nos guias e nos médiuns, todos espíritos e todos em correspondência direta com os dois outros estados, pois se não houvesse essa correspondência um orixá não poderia incorporar em um médium e, através deste, atuar no “lado de fora” da criação, uma vez que ele vive no estado natural e manifesta de si os poderes existentes no lado divino.
Umbanda tem fundamentos.
Só é preciso conhecê-los!
Este é um texto do livro “O Livro de Oferendas e Assentamentos na Umbanda”. Rubens Saraceni - Editora Madras