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Tenho a certeza de que tudo que e postado na internet deve ser passado para todos que procuram conhecimento e elevação espiritual, pois tenho com migo e meus guias que tudo que for bom deve ser transmitido a fim de passar o conhecimento a todos.

Desde de já agradeço a compreensão de todos.

Axé! Que Deus esteja no coração de cada um.

Tenda de Umbanda 2 Caboclos

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ANJOS DA GUARDA)

Não é fácil afirmar com precisão a época em que os homens começaram a falar e acreditar na força dos Anjos.

Em escavações arqueológicas feitas na antiga cidade de Ur (Golfo Pérsico), foi encontrada uma pedra com a figura de um ser alado, descendo do céu, para despejar a água da vida na taça de um rei.
Na mitologia grega, encontramos o deus Hermes, com asas nos sapatos e no chapéu. O povo do antigo Egito, acreditava que a deusa Íris possuía asas, nas quais seus adeptos iam repousar, quando dormiam.
O Zoroastrismo, afirmava que os Anjos eram extensões e projeções de Deus e foram criados para ajudar à humanidade.
Segundo a Cabala Hebraica, a chave para entrar nos segredos e mistérios da criação, é a interpretação numerológica das 22 letras que compões o alfabeto hebraico, pois ele representa as várias energias que alimentam e comandam o Cosmos. Estas 22 letras estão presentes nos Arcanos Maiores do Tarot e se manifestam por meio de 72 Anjos, chamados também de Gênios Cabalísticos.
Segundo a crença cabalística, desde a hora do nascimento, todos nós temos um Anjo Guardião que nos protege até a morte física. Cada Gênio exerce um tipo de influência diferente sobre as pessoas e se revezam, governando a cada um, durante cinco dias do ano. A cada Gênio, cabem 20 minutos diários e todos nós possuímos um Anjo Positivo que nos ajuda e protege por toda a vida e um Anjo Mau, conhecido como Gênio Contrário, que fará de tudo para atrapalhar nossa evolução e bem estar na terra.
Segundo Abra-Melin, o Anjo da Guarda não deve ser encarado como uma entidade própria, mas como mais profundo sinal do inconsciente, o último Ego, o que é o mais verdadeiro dos Eus, o Eu paradoxalmente feito à semelhança divina.
Existe um livro religioso chamado ZOHAR que foi escrito por Moisés de Leon, no século XI. O Zohar afirma a existência dos 72 Anjos que se intercalam, governando os dias do ano.
Nas lendas judaica, os Céus (Planos) são geralmente 7, incluindo o Plano Bem Aventurado, onde Anjos fornecem um alimento chamado Maná.
A idéia de vários céus é afirmada por vários místicos e ocultistas, que apóiam a existência de vários mundos e dimensões superiores e inferiores que a pessoa percorre após desencarnar. Nestas dimensões, os Anjos ensinam os espíritos comuns.
Em 745 d.C. a Igreja Católica proibiu a idolatria aos Anjos de Guarda. Decretou que somente Miguel, Gabriel e Raphael, poderiam ser invocados, alegando que os outros Anjos eram falsos. Na época, o Catolicismo estava perdendo seus fiéis e a crença nos Anjos de Guarda sofrendo uma explosão e virou modismo.
A única forma que a Igreja encontrou para readquirir a confiança dos fiéis, foi proibir o culto aos sagrados Anjos da Guarda.
Um dos maiores estudiosos de Anjos de que se tem conhecimento, foi Tomás de Aquino. Ele dizia que os Anjos são espíritos puros, não tem nenhuma matéria ou massa e que não ocupam nenhum lugar no espaço.
Na Bíblia, os Anjos e suas atuações são mencionadas aproximadamente 300 vezes e 15 vezes somente pelo Divino Nazareno, JESUS.
Os Anjos têm dificuldade de permanecer na Terra por muito tempo. O que permite a permanência do Anjo na Terra é a energia e a luz de nossa aura, pois a aura é para o Anjo o mesmo que o oxigênio para nós. Quando estamos tristes e passando por dificuldades, nossa aura enfraquece e o Anjo sente dificuldade de atuar, então o Gênio Contrário, ganha força, nos deixando antipáticos e em dificuldades.
Quando a criança nasce, já foi escolhido seu Anjo protetor que irá acompanhá-la pelo o resto da vida. Quando existe a possibilidade de um espírito encarnar, a primeira providência a ser tomada é a consulta aos espíritos encarnados dos futuros pais da criança. Esta consulta é feita durante o sono e se houver a concordância, os poderosos Anjos Superiores começam a plasmar o retorno do espírito. Durante a gestação, é o Anjo da mãe do bebê que protege a criança. Quando a criança dá a primeira inspirada, após nascer, o Anjo protetor determinado, passa a protegê-la.
Até os 8 anos de idade, o Anjo de Guarda permanece 24 horas protegendo e auxiliando a criança, no que for preciso. Neste período a marcante presença do Anjo da criança, tem a força de deixar o Gênio Contrário sem poder. Após os 8 anos o Anjo vai se afastando paulatinamente, quando a criança começa a adquirir uma personalidade definida e criar seu próprio Livre-arbítrio. O Anjo pessoal passa então a voltar à Terra apenas 20 minutos que lhe são consagrados, diariamente.
Mesmo acreditando na força e poder dos Anjos, surge-nos sempre uma dúvida: porque os Anjos não podem ser vistos pela maioria ou praticamente todas as pessoas?
Uma boa justificativa para isto está no livro "Do you have a Guardian Angel?" do escritor John Ronner. Lá ele diz o seguinte: "Os olhos físicos não foram feitos para ver o mundo espiritual com facilidade", outra razão para a habitual invisibilidade dos Anjos, é que se uma pessoa não espera ver algo, geralmente não verá, mesmo um Anjo, além disso como já foi dito anteriormente, os Anjos permanecem na terra através da energia de nossa aura. Na maioria das vezes, o nosso campo áurico está totalmente fraco, pelo fato de não nos preocuparmos em reenergizá-lo. Em nosso dia-a-dia, os compromissos pessoais e o corre-corre nos impedem de fazer uma energização com cristais, cromoterapia, acupuntura, etc.. Com o passar do tempo, nossa aura vai ficando cada dia menor, fazendo com que o Anjo sinta dificuldade em ancorar. Materializar-se, então, quase impossível.
Quem sabe, quando os homens tomarem consciência novamente de que a energia espiritual realmente existe e derem mais atenção a este lado, os Anjos voltem a aparecer com mais freqüência. Enquanto isso, eles vão ancorando aqui na Terra, mesmo assim com muita dificuldade, e atendendo da forma que podem os pedidos dos seres humanos. Temos então que nos contentar em apenas sentir e de forma sutil seu enorme poder.
Para as pessoas os Anjos são seres com asas, luzes e auréolas na cabeça. Esta concepção não é de todo incorreta, pois os Anjos podem aparecer de diversas formas, dependendo da imaginação de cada um; mas, na realidade, os Anjos são energias divinas, capazes de mudar o futuro de toda humanidade.
Bibliografia:
ANJOS - Mensageiros do Infinito
Claudiney Prieto

Escrito por Lu Rodrigues uma Historia Real

Passei oito anos sem praticar Umbanda. Revoltada por causa de um diagnóstico de câncer. Me desesperei e arrassada culpei minha guia espiritual por não ter me avisado, me medicado, enfim, por tudo. Sofri muito com o tratamento. Exames por cima de exames, viagens pra fora do meu estado, quimioterapia, etc. Nada tava bom pra mim.

Um dia sentada no quintal da minha casa, senti uma raiva tão grande de tudo e de todos que gritei: "Se você existe e está me ouvindo, me dê uma demonstração da sua presença". Esperei. Nada. Gritei de novo. Nada. Chorei e disse que a partir daquele momento, nunca mais praticaria Umbanda. Meus problemas aumentaram, quando sem querer, descobri que estava grávida. Foi um Deus nos acuda. Não podia, estava em pleno tratamento

Internada para mais uma sessão de quimio, os médicos disseram pra mim que não se responsabilizariam pela vida da criança. Neste dia chorei tanto que adormeci. Foi nesse momento que o fenômeno aconteceu. Alguma enfermeira desatenta, esqueceu de fechar a janela e eu me acordei subitamente com uma fina rajada de vento. Abri os olhos e vi, vindo em minha direção, um foco de luz muito brilhante, no formato de uma grande mão. Essa mão fantasmagórica, se colocou encima da minha barriga e foi se transformando numa senhora. Nem preta, nem branca. Cabelos muito compridos ornado por um penacho muito simples, numa vestimenta meio verde, meio marrom. Me fixei nos olhos. Os mais belos olhos que jamais vi em toda minha vida. Seu cheiro era inebriante. Uma mistura de Jasmim e folhas. Sua voz era o som de águas profundas e me disse assim: "Se você conseguiu emprenhar, nos não vamos deixar seu fruto morrer".

Resultado: Dezesete anos depois, vejo minha filha Vitória linda e jovem sorri pra mim todas as manhãs e até hoje quando vou dormir me lembro daqueles olhos.

Ah, voltei a praticar Umbanda, logo depois que minha filha nasceu e nunca mais me afastei no meu destino.

“Meu Caboclo, meu querido”

Eram 18:00H e Jorge já dava os últimos retoques em seu terno, para assistir a mais uma reunião na Igreja Evangélica Neopentescostal que freqüentava há um ano.
Homem trabalhador, desde jovem já exercia a profissão de carpinteiro. Hoje, aos 60 anos, com esposa e um neto, tinha vida humilde e tranqüila, apesar dos problemas de saúde e finanças que o afligiam.
Carregava uma grande mágoa em seu coração. Tendo sido médium umbandista atuante por mais de 20 anos, deparou-se com uma enfermidade que atingiu violentamente sua única e amada filha. Rogou a Deus, a seu Guia Espiritual e as demais entidades espirituais do terreiro em que trabalhava que a curassem. Não logrou êxito, perdendo a presença física de sua filha em 6 meses.
Revoltado com a tragédia, abandonou a Umbanda e afirmou que jamais voltaria a religião, pois se ali estivessem espíritos do Bem e Deus, não teriam deixado que tão grande desgraça lhe atingisse.
Sob grande instabilidade psíquica e induzido por fanáticos evangélicos, lá estava ele, ao lado da esposa, nos cultos da igreja, cujo “ministro religioso” exortava todos os presentes a esconjurarem os “espíritos malignos da macumba”, além de prometer a salvação e ....... pedir dinheiro. Jorge não reclama, dando seu dízimo e ofertas com dificuldade, mas acreditando ser o caminho a seguir.
Em suas horas de descanso, na paz do convívio familiar, Jorge quase sempre ouvia uma voz estranha, que lhe dizia: “sempre estarei ao seu lado”. Comentava o fato com a esposa que, que influenciada pelo fanatismo religioso, dava como resposta que deveria ser um espírito maligno que o acompanhava, aconselhando- o a comentar o assunto com o pastor da igreja.
Resolveu seguir os conselhos de sua mulher, procurando, durante um culto, esclarecimentos com o “missionário”.
Este informou-lhe que as ocorrências eram obra do diabo, solicitando a Jorge que aumentasse o valor de suas ofertas para que Deus pudesse operar em obra e graça na sua vida (a vida de Jorge).
Com imensa dificuldade, dobrou o valor do dízimo e das ofertas. Contudo a voz insistentemente lhe invadia, dizendo: “sempre estarei ao seu lado”.
Numa tarde de domingo, após o almoço, Jorge preparava-se para descansar em seu leito, quando bruscamente foi vitimado por uma forte dor no peito, próxima ao coração. Caiu desmaiado, sendo acudido por sua esposa, que aos berros rogava ajuda dos vizinhos.
Colocado em um táxi, rumou às pressas para o hospital mais próximo, a fim de ser atendido.
Após o pronto-atendimento e posteriores exames clínicos, foi diagnosticado uma insuficiência cardíaca provocado por uma grande lesão nas artérias do coração. O caso solicitava o concurso premente de intervenção cirúrgica, sem a qual Jorge certamente sucumbiria.
A operação foi marcada. Sua esposa, apavorada com o cenário, encaminhou-se para a igreja, a fim de solicitar os préstimos religiosos do pastor. Foi atendida e aconselhada pelo missionário a aumentar as contribuições pecumárias (dinheiro) e a fazer um desafio a Deus pela cura de Jorge.
Desolada com o pouco caso dado à situação, voltou ao hospital, sendo ali informada que seu marido piorava e que, por isto, tinham antecipado a cirurgia.
Encostou-se a uma cadeira da recepção e começou a rogar a Deus pela saúde do amado esposo. Ouviu então uma voz que lhe tocou como verdadeiro bálsamo consolador, que dizia: “eu sempre estarei com ele”.
Já na sala de cirurgia, Jorge, ainda acordado, pediu a Deus que o deixasse viver, pois tinha uma esposa e neto para sustentar.
Observando a movimentação dos médicos que preparavam a anestesia geral, Jorge notou intenso feixe de luz que surgia do canto direito daquele recinto. De cores variadas e predominância do violeta, a luminescência pouco a pouco foi se condensando na figura altiva de um Índio, que empunhando uma moringa nas mãos, se aproximou do leito. Jorge chamava pelos médicos, que não lhe escutavam. Perguntava-se mentalmente quem era aquele indígena.
Do interior da moringa, a Entidade Espiritual retirou um líquido verde e extremamente cintilante, derramando-o sobre o peito de Jorge, além de fazê-lo ingerir com pouco de substância. Ato contínuo, o espírito desapareceu e Jorge adormeceu.
Quatro horas depois, despertou na enfermaria, notando a presença do médico e da esposa.
Perguntou sobre a operação e, para seu espanto, o médico que ali estava disse-lhe que a cirurgia fora cancelada, uma vez que momentos antes da aplicação da anestesia geral, o cirurgião-médico “cismou” em realizar novos exames, os quais não acusaram qualquer lesão nas artérias coronárias.
Também relatou a Jorge que durante os preparativos para a operação, a equipe cirúrgica sentiu uma enorme fragrância de ervas no recinto, cuja origem não conseguiram detectar.
Passados 2 meses de susto, Jorge, sentado sob a copa da mangueira em seu quintal, observava o lindo luar que despontava no céu estrelado. Indagava-se sobre os acontecimentos passados, procurando uma resposta sensata para o que ocorrera; a cena na sala de cirurgias não lhe saía da mente.
A brisa corria suave, e com ela uma voz chegou aos ouvidos de Jorge: “sempre estarei com você”. Virou-se na direção dos arbustos de seu quintal e, estático, visualizou a presença do mesmo índio presente no hospital. A entidade espiritual, aproximando- se, informou a Jorge ser seu Guia Espiritual, Caboclo nominado aqui de “Y”, e que recebera ordens superiores para curá-lo da enfermidade.
Trazia também informações sobre sua querida filha, que estava bem e envolvida em trabalhos assistenciais dentro da Umbanda, salientando a Jorge que a doença de sua filha era processo depurador irreversível, motivo pelo qual não havia como interferir.
Jorge, profundamente emocionado, não conseguia expressar-se. O Caboclo “Y” disse-lhe que respeitava sua mudança de religião, mas onde estivesse, ele, o Caboclo, sempre estaria a seu lado, em labor de amparo e aconselhamento.
O carpinteiro Jorge, sensibilizado pelas palavras do amigo espiritual, pediu desculpas pela falta de fé nos Guias e Protetores da Umbanda.
O Caboclo “Y” sorriu, ao mesmo tempo em que começava a perder sua forma ideoplástica por entre a vegetação.
Jorge observando a grande beleza cenográfica espiritual, relembrava os tempos de terreiro; as pessoas sendo auxiliadas; sua querida filha cambonando o Caboclo “Y”; a caridade pura e simples se manifestando, sem dízimos, ofertas, ou barganhas com Deus.
Jorge voltou ao seu antigo terreiro, sendo calorosamente recepcionado pelos amigos espirituais e carnais que o aguardavam.
Após cada sessão de caridade como não instrumento de expressão dos amigos espirituais, Jorge, feliz por mais um dia de amparo aos necessitados, e relembrando da fisionomia de seu guia-chefe, no silêncio de suas preces, sempre exclama:
“Meu Caboclo, meu querido”

Brados, Assovios e Pontos Cantados

É muito freqüente as entidades de Umbanda logo que incorporam, emitirem certos assovios e brados, ou quando estão dando os chamados popularmente “passes”. No caso dos brados dados no momento da incorporação, são mantras, palavras vibradas que canaliza para o médium certas classes de energia, a depender da linha da entidade atuante, que logo se misturam ao aura do médium, equilibrando-o, regularizando o fluxo e equilibrando os chacras principais a serem utilizados na mecânica da incorporação, permitindo que o mentor possa atuar o mais desembaraçado possível naquele aparelho. São técnicas astrais superiores de manipulação de forças sutis vitais que somente esses grandes senhores da luz sabem movimentar.
Temos por exemplo: quando uma determinada entidade da vibratória Arásha Xangô, logo ao incorporar emite um brado “Kaô”, de forma a parecer mais um trovejar surdo, mas emite também outros mantras. Indica que naquele momento estão sendo manipuladas – além das energias inerentes a Xangô – determinados entrecruzamentos vibratórios necessários aos trabalhos que irão ser realizados, visando equilibrar o campo mental e astral do médium que vai utilizar.
Os assovios não são diferentes. As entidades da Sagrada Corrente Cósmica de Umbanda conhecem bem a magia do som ou, em nível cosmogônico, a doutrina mântrica e a utilizam segundo a necessidade e a tônica vibratória a que pertencem, tudo visando promover a harmonia dos espíritos por ela tratrados.
Assim, quando virem alguma entidade mantranizando desta forma, como descrito, já saberão que ali está sendo feita uma terapia e, portanto, há ciência, fundamento, e não primitivista como alguns mais desinformados costumam apregoar. Claro que aqui não entraremos em pormenores do assunto, pois o objetivo nesse momento é o de esclarecer o básico. No futuro, se Zamby permitir, haverá um aprofundamento gradual nesses conceitos.
Os pontos cantados, muito comuns nos terreiros, sejam eles de quaisquer grau, são mantras codificados. É claro que eles são dados pelas entidades, quando realmente incorporadas em seus médiuns e mais raramente pela sensibilidade astral. Quando assim o é, dizemos que esse ponto é de raiz. Os pontos cantados são verdadeiras preces e invocações que geram imagens positivas, induzindo todos as coisas da espiritualidade. E, para aproveitar seus benefícios, o Caboclo 7 Espadas aponta o seguinte caminho: “Procurem entoar os pontos cantados adequadamente, sentindo-os e não apenas cantando-os. Sinta-os em sua alma e verá surpreso, como você canta bem, como você está bem.
O ponto cantado é o caminho vibratório por onde anda a gira. É o verbo sagrado, portanto entoe-os adequadamente, harmoniosamente…”. Portanto, caro irmão de fé, de agora em diante, comece a acompanhar de forma mais ativa a gira. Para isso procure estudar bem a entonação e a letra e só depois de bem aprendida comece a cantar. Você verá como se sentirá mais em paz e equilibrado. Experimente e verá!
E, para acabar esse tópico diremos que cada ponto possui um ritmo particular, que por sua vez indicam uma freqüência ligada as linhas espirituais de que se originam. Vejamos o quadro abaixo e entenderemos melhor este aspecto:
a) vibração espiritual de Oxalá – os sons de seus pontos são místicos e predispõem as coisas do espiritual;
b) vibração espiritual de Ogum – seus sons são vibrantes, induzem ao despertar da fé verdadeira e pura;
c) vibração espiritual de Oxóssi – seus sons são imitações da harmonia da natureza e ajudam no equilíbrio psíquico;
d) vibração espiritual de Xangô – seus sons são graves, são cantados baixos, reforçam o campo astral e portanto emocional;
e) vibração espiritual de Yorimá (pais-velhos) – seus sons são dolentes, melancólicos, predispõem a meditação, ao auto-conhecimento;
f) vibração espiritual de Yori (crianças) – seus sons são alegres, predispõem ao bom ânimo;
g) vibração espiritual de Yemanjá – seus sons são suaves, predispondo a renovação afetiva e emocional.

Estalar de Dedos

Como dissemos logo no início, tudo na Umbanda tem um porquê, o problema é que nem sempre conseguimos alcançá-lo. Logo no começo de minha jornada dentro do movimento umbandista, uma das coisas que me chamava bastante à atenção era o fato das entidades estalarem bastante os dedos.
Mais tarde vim a saber que assim o fazem, para ativarem o chamado monte de Vênus, aquela parte gordinha da mão que está ligada à sensibilidade. Assim, quando estalam os dedos, as entidades estão em verdade dando um impulso no corpo astral do médium, facilitando e ajustando-o para a incorporação, e mesmo manipulando determinadas correntes em benefício do aparelho mediúnico ou do consulente.
Mecanismo parecido é aquele utilizado quando as entidades batem no peito. Ela fazem isso no plexo cardíaco, visando equilibrar emocionalmente o médium, pois ativa essa região com essas pequenas batidas da mão, com todos seus núcleos de energia sobre o peito.
Mas vejam bem: as batidas são fracas e não como a estourar o peito do médium. Acontece que, às vezes, por vaidade, e por estar no começo de seu adestramento, o médium se excede um pouco, mas isso não parte absolutamente da entidade, e sim do médium. Que fique bem entendido.

A linha dos Baianos e Baianas

Uma das linhas mais vistas nos terreiros de umbanda. A linha de baianos se mostra com espíritos que sabemos que são verdadeiros trabalhadores. Cada baiano é um pau pra toda obra mesmo. Prestativos e sempre prontos para auxiliar as pessoas que lhes pedem ajuda. São regidos pela Orixá Iansã e sempre estão dispostos a nos tirar do sufoco.

São espíritos muito “vividos” e por isso sempre têm bons conselhos a nos dar quando nos encontramos perdidos e sem saber que rumo tomar. Lembremos que têm como regente a Mãe Iansã, por isso são ótimos movimentadores, e quando estamos parados ou estagnados eles nos dão “aquele empurrãozinho” que logo nos colocam em movimento. Essa característica é muito intensa, já que a Mãe Iansã, regente dos baianos, tem dentro de suas principais funções, a função “Movimentadora”.
Apesar de alguns demonstrarem um arquétipo brando, não gostam de ver nada parado e por isso são muito requisitados para arrumarem empregos pelos consulentes, seja para o próprio consulente ou para algum familiar dele.
Trabalham a favor da luz desmanchando feitiços, quebrando magias negativas, desatando amarrações e desfazendo todo e qualquer tipo de trabalho feito contra os seus filhos de fé. Bem como diz este conhecido ponto:
“Se ele é baiano agora que eu quero ver, dançar catira no azeite de dendê…
Eu quero ver os baianos de aruanda trabalhando na Umbanda pra Quimbanda não vencer!”
Lembrando, a referência à Quimbanda se deve ao fato de que, provavelmente, na época que este ponto foi passado ser esta a denominação dada a uma seita que praticava magia negativa. Nesta época tinha-se Umbanda como “Magia Branca” e Quimbanda como “Magia Negra”.
Voltando aos baianos, estes espíritos são muito requisitados nos templos Umbandistas e sempre atendem aos pedidos que lhes são feitos. É claro que dentro do possível e de seus limites divinos, mas até mesmo algumas coisas que parecem ser impossíveis eles conseguem.
Alguns baianos trabalham com a cura e através de suas poderosas rezas, orações e trabalhos magísticos eles conseguem livrar os consulentes de doenças já diagnosticadas e algumas até mesmo “incuráveis”, mas é como dizemos:
“O que não curam os médicos do plano material, curam os do plano espiritual e o que não curam os médicos do plano espiritual, curam os do plano material.”
E tenham certeza, muitos baianos, assim como espíritos de outras linhas da Umbanda, são verdadeiros médicos. Mesmo apresentando um arquétipo típico de um povo sem “cultura”, simples e humilde, saibam que estes espíritos trabalhadores na linha da cura estudaram cerca de cinco vezes mais do que estudam os médicos do plano material. Isto se deve ao fato deles estudarem a ciência espiritual, e esta ciência é muito mais complexa e delicada do que a do plano material.
No plano espiritual existem verdadeiras universidades de ensino e o espírito que se apresenta como “espírito da linha da cura” é um espírito que já passou por todos os níveis destas universidades e hoje ostenta o este grau. E isso se aplica a todas as linhas do ritual de Umbanda com exceção das infantis (Crianças e Exus-Mirins), pois estes se encontram em outro plano da vida e realizam curas através de outro processo, mas sabemos que existem Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Exus, Baianos e principalmente Preto-Velhos que atuam na linha da cura. Estes últimos (Preto-Velhos) são os que têm maiores numero de espíritos que atuam nesta linha, pois todos os preto-velhos são grandes curadores.
Em uma matéria posterior comentaremos mais a respeito da linha da cura.
Na linha dos baianos encontramos além de espíritos em intermediação, espíritos que em vida foram cultuadores dos sagrados Orixás. Alguns deles encarnaram no nordeste brasileiro e outros em outras regiões do mundo para onde também os negros africanos foram migrados. Assim como alguns baianos foram babalaôs africanos que por feição e grau evolutivo preferem atuar na linha de baianos ao invés de adentrar em uma das linhas de Preto-Velhos.
“Salve o Povo Baiano!
É da Bahia meu Pai!”

Boiadeiros

São espíritos hiperativos que atuam como refreadores do  baixo astral, e são aguerridos, demandadores e rigorosos  quando tratam com espíritos trevosos.

O símbolo dos boiadeiros são o laço e chicote que, em  verdade, são suas armas espirituais e são verdadeiros  mistérios, tal como são as espadas, as flechas e outras “armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores  das investidas das hostes sombrias formadas por espíritos do baixo astral.

Da mesma maneira que os pretos-velhos representam a humildade, boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de forma simples, mas com uma força e fé muito grande. São habilidosos e valentes.

São regidos por Iansã-Oyá e Ogum, tendo recebido da mesma autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada, onde levam cada boi (espíritos) para o seu destino, e trazem os bois
que se desgarram (obsessores, kiumbas e etc) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Suas maiores funções não as consultas como as dos pretos-velhos, nem os passes e as receitas de remédios
como os caboclos, e sim o “dispersar de energias” aderida aos corpos, paredes e objetos. É de extrema importância esta função, pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, os boiadeiros “sempre” estarão atentos à qualquer alteração de energia do local (entrada de espíritos negativos).

Portanto quando bradam em tom de ordem como se estivessem laçando seu gado, estão na verdade ordenando os espíritos que entraram no local a se retirarem, assim “limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que as presenças desses espíritos muitas vezes interferem
nas consultas de médiuns conscientes.

Esses espíritos atendem os boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhe passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.

Outra grande função de um boiadeiro e manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes.

Eles nos ensinam a força que o trabalho tem e que o principal elemento de sua magia é a força de vontade,
fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

É uma linha poderosa e muito numerosa no mundo espiritual e seus caboclos atuam nas sete linhas de Umbanda, e são descritos como Caboclos da Lei.



Atabaques : Dentro da ritualistica de Umbanda existe um elemento de grande importância que é a Curimba formada por médiuns que se dedicam ao estudo dos cânticos ritualísticos.

Há uma grande influência dos boiadeiros no trabalho da curimba,pois eles regem suas forças e fundamentos.

Os atabaques são formados basicamente por três elementos da natureza: Animal (couro) , Vegetal(madeira) ,
Mineral (ferragens) . Estes elementos por sua vez encontram-se no ambiente (reino) natural destas entidades
e a força da curimba no terreiro está justamente em conseguir dissipar as energias negativas, inibir a ação de obsessores e desagregar miasmas e larvas astrais que estejam impregnados no ambiente de trabalho conseguindo com isso um êxito maior

Linha dos Marinheiros

A linha ou falange dos Marinheiros tem sua origem na linha de Iemanjá e são chefiados por uma entidade conhecida por Tarimá. São espíritos de pessoas que em vida foram marinheiros ou com eles tinham ligação.
São muito brincalhões e normalmente bebem muito durante os trabalhos, por esse motivo a sua evocação não é muito freqüente. O plano espiritual superior os evoca para descarga pesada do templo, desta forma a eles podemos pedir coisas simples, eles não são muito dados a falar ou dar consultas.
A descarga de um terreiro uma vez efetuada será enviada ao fundo mar com todos os fluidos nocivos que dela provem. Os marinheiros são destruidores de feitiços, cortam ou anulam todo mal e embaraço que possa estar dentro de um templo, ou ainda, próximo aos seus freqüentadores. 
Nunca andam sozinhos, quando em guerra unem-se em legiões, fazendo valer o princípio de que a união faz a força, o que os torna imbatíveis nesse sentido.
Na linha dos Marinheiros tem-se notícias de que alguns fazem curas e operações espirituais. Nunca conhecemos nenhum deles que agissem dessa forma de modo correto e nesse tipo de situação toda precaução é sempre necessária. Aprendemos que a atuação dessa linha sempre foi a descarga pesada de um terreiro e de seus médiuns

Caboclo

A palavra caboclo, vem do tupi kareuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. Espírito que se apresenta de forma forte, com voz vibrante e traz as forças da natureza e a sabedoria para o uso das ervas.
A marca mais característica da Umbanda, uma religião surgida no Brasil no final do século XIX e início do século XX, é a manifestação de entidades espirituais, por meio da mediunidade de incorporação. Os primeiros espíritos a “baixar” nos terreiros de Umbanda foram aqueles conhecidos como Caboclos e Pretos-velhos, a seguir surgiram outras formas de apresentação como as Crianças, conhecidas, variadamente, como Erês, Cosme e Damião, Dois-dois, Candengos, Ibejis ou Yori. Essas três formas, Crianças, Caboclos e Pretos-velhos, podem ser consideradas as principais porque resumem vários símbolos: representam, por exemplo, as raças formadoras do povo brasileiro – indígenas, negros e brancos europeus – e também representam as três fases da vida – a criança, o adulto e o velho – mostrando a dialética da existência. Além disso, trazem valores arquetipais de Pureza e Alegria na Criança; Simplicidade e Fortaleza no Caboclo e a Sabedoria e Humildade dos Pretos-velhos, mostrando o caminho para a evolução espiritual dos sentimentos, do corpo físico e da mente. Com a expansão da Umbanda, muitas entidades apareceram, como os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e outras, sem falar de Exu, outro grande ícone umbandista.
Essa diversidade confirma a abrangência desse movimento espiritual que chama a todos e recebe seres encarnados e desencarnados, com vibrações de fraternidade e amizade sob a luz de Oxalá.
Nesse artigo trataremos, mais especificamente, das entidades conhecidas como Caboclos, in­variavelmente presentes nos terreiros de Umbanda, praticando a caridade e cumprindo sua missão espiritual.
Existem variações no entendimento que os umbandistas têm sobre o que sejam os caboclos. As variações são próprias do movimento umbandista, notavelmente plural, mas há consenso na Umbanda, no fato de que os Caboclos são espíritos de humanos que já viveram encarnados no plano físico e são, portanto, nossos ancestrais. É interessante notar que em alguns cultos afro-brasileiros, os caboclos são considerados “encantados” e se relacionam com os espíri­tos da natureza, recebendo nomes de animais, plantas ou outros elementos naturais. Essa percepção se aproxima das lendas indígenas que narram um tempo em que os animais falavam e viviam em comunhão com os homens, podendo um se transformar no outro, (veja mais nas obras de Betty Mindlin).
A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos. No entanto, há caboclos da praia, do mar e das ondas, das pedreiras, das cachoeiras, dos rios etc., cujos elementos se associam mais aos outros Orixás que a Oxossi.
Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais negativas. Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramen­tados ou não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas. Aqui estamos entendendo os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã. É claro que essas últimas entidades não vêm como índias, mas com uma forma tipicamente relacionada aos seus atributos. Todavia, são entidades que se apresentam como adultos.
Feitas essas ressalvas, podemos dizer que todas as entidades de Umbanda, especialmente as Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos, são espíritos ancestrais que estão ligados, cada um, a um Orixá. Assim, as crianças trazem a vibração dos Orixás Ibeji, conhecidos na Umbanda Esotérica como Yori; os Pretos-velhos vêm sob as vibrações dos Orixás Obaluaiê, Nana Burukum ou Yorimá e os Caboclos podem ser de Oxossi, Xangô, Ogum etc. Também é preciso falar que existem os chamados cruzamentos vibratórios em que uma entidade de Ogum, por exemplo, pode trazer também as forças de outro orixá, como Ogum Yara que além das forças de Ogum, movimenta também as forças dos Orixás das águas, como Yemanjá, Oxum etc.
Vejamos alguns exemplos de Caboclos de Oxossi: Caboclo Sete Flechas, Caboclo Folha Seca, Caboclo Pena Vermelha, Cacique das Matas, Caboclo Cobra-coral, Cabocla Jurema, Cabocla Jacyra, Caboclo Ventania, Caboclo Caçador e outros. Na linha de Ogum temos: Ogum de Lê, Ogum Beira-mar, Ogum Matinata, Ogum Sete Ondas, Caboclo Biritan, Ogum Megê, Ogum Sete Espadas e mais uma plêiade de espíritos que vêm sob essa vibração. Entre os caboclos de Xangô temos muitos caboclos famo­sos, como Caboclo das Sete Pedreiras, Caboclo Vira-mundo (que vem como Xangô ou Oxossi), Xangô Kaô, Caboclo Pedra Branca, Caboclo da Pedra Preta etc. Para citar alguns da linha de Oxalá, que dificilmente baixam, temos Caboclo Ubiratan, Caboclo Girassol, Caboclo Ipojucan, Caboclo Guaracy e Caboclo Tupi. Esses caboclos, normalmente, vêm fazendo cruzamento vibratório com outros orixás, especialmente com Oxossi.
Todas as entidades de Umbanda são importantes. Ainda que alguns se orgulhem de serem médiuns de caboclos renomados e tidos como chefes de falange, o que vemos é que quando estão no terreiro, os Caboclos tratam uns aos outros como iguais, mostrando que o que importa é o trabalho espiritual e, como em uma aldeia, tudo é feito em conjunto e com as ordens dos planos superiores. Assim diz um ponto cantado de caboclos: na sua aldeia ele é caboclo, é Rompe-mato e seu mano Arranca-toco, na sua aldeia lá na jurema, não se faz nada sem ordem suprema.
É também do linguajar de caboclo, que não cai uma folha da jurema (da mata), sem ordem de Oxalá, ou seja, que tudo na vida tem motivo e que nossas ações são registradas na lei de causa-e-efeito, ou lei do karma. Mas isso não significa ficar passivo, esperando o pior acontecer. Os Caboclos também ensinam a termos coragem e a sermos guerreiros na vida, lutando pelo que é justo e bom para todos. No que é possível, os caboclos nos ajudam a entrar na macaia (a mata que simboliza a vida), a cortar os cipós do caminho (vencer as dificuldades) e, se preciso, caçar os bichos do mato (vencer as interferências espirituais negativas). Essa postura é evidenciada em vários pontos, como esse:
Atira, atira, eu atirei, eu bamba vou atirar Bicho no mato é corredor, Oxossi na mata é caçado.
Cadê Vira-mundo pemba (bis)
Tá no terreiro, pemba, com seus caboclos, pemba.
Veado no mato é corredor, cadê meu mano caçador
E o Caboclo Ventania que me protege noite e dia.
Para quem vivência o terreiro, que há anos luta as batalhas espirituais e já viu os caboclos vencendo as demandas dos filhos-de-fé, afastando entidades negativas, tratando doenças que a medicina muitas vezes não resolve e dando lições de simplicidade, humildade, coragem e persistência, ouvir ou mesmo lembrar esses pontos cantados, traz uma sensação de alegria que enche o coração, renova o ânimo e nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Melhor do que qualquer leitura sobre caboclo é vê-lo incorporado atendendo quem precisa.
Fonte: Revista Orixás, Candomblé e Umbanda – Ano I – Nº 02

As Entidades na Umbanda

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Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em uma faixa de vibração astral, boa para o trabalho na Umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. Lá eles permanecem até a possível volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior.
 Falange é um agrupamento de mais de 400 mil espíritos, que atuam em um determinado plano espiritual, ou seja, em uma determinada faixa de vibração.
Existem entidades de Alta, Regular e Baixa, faixa vibratória, e por isso elas se dividem em vários grupos: Falangeiros de Orixá, Caboclos, Pretos Velhos, Exus, Pomba-Giras, Ibeijadas e demais entidades que atuam de formas diversas. Cada falange recebe o nome de seu chefe e cada espírito dentro desta falange, atende por este mesmo nome.
Quando um médium trabalha com uma determinada entidade, ele não trabalha com um único espírito. O que ocorre é que todos os espíritos que constituem aquela determinada falange, têm uma única tônica de vibração com a qual penetram na faixa vibratória do médium, à razão de um por segundo, mantendo assim a sintonia durante todo o período que dura uma comunicação. Em outras palavras, os espíritos não trabalham isoladamente, mas "em falange", todos numa única vibração.
Embora não seja muito comum, é possivel acontecer que um mesmo espírito, embora seja uma só vibração, venha em diversas falanges, com diferentes nomes, conforme sua missão espiritual. Um espírito de certo grau de evolução pode se desdobrar na vibração, ou seja, aumentá-la ou diminuí-la, obviamente que dentro de um certo limite preestabelecido. Desta forma, essa entidade pode se apresentar ora numa faixa, ora em outra. Por exemplo: Se ela atua normalmente sob a linha do Oriente, pode num desdobramento de vibração, apresentar-se na forma de um caboclo, embora conserve também suas características essenciais.
 Necessário também é, compreender-se à diferença entre hierarquia terrena e evolução espiritual. Algumas pessoas pensam que a posição hierárquica de uma entidade corresponde à sua posição na vida física anterior. Isto não corresponde à verdade porque as falanges não se agrupam conforme as raças ou costumes da vida terrena, mas sim de acordo com o grau de evolução espiritual e afinidade vibratória.
Desta forma, um espírito pode se apresentar, por exemplo, como um caboclo, apenas para ter um melhor acesso a um médium e a seus consulentes

 
 

Exu Mirim

Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.

Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.

Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".

Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.

Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.

Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são “encantados” vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.

Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras guardiões da casa.

Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.

Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.

Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela bicolor vermelha/preta, etc.

Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.

A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.

Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.

Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

Ponto Cantado para Exu - Mirim:

Pedra rolou em cima da samambaia

Em cima de Exu-Mirim balança mas não cai (BIS)

Exu-Mirim no morro tá batuqueiro

Batucava noite e dia derrubando feiticeiro (BIS)


EXU E POBA GIRA NA UMBANDA


Antes de se irritar com a ignorância do outro, certifique-se de ter sido um bom instrutor.

Maria Padilha das Sete Encruzilhadas

Mais uma vez gostaríamos de ressaltar que não é nosso objetivo aqui passar "fórmulas mágicas" do tipo: "Sua vida vai mal? Faça um "agrado" prá seu Exu (ou Pomba Gira)".

Não meu amigo (a)... não é esta a nossa proposta. Muito pelo contrário... a nossa proposta é justamente ajudar a desmistificar tudo isto. É entrar na luta, junto com outros irmãos umbandistas sérios, independentemente da ritualística praticada, e mostrar que Umbanda de Verdade nada tem a ver com "trabalhinhos" que no final das contas só "agradam" a obsessores (kiumbas)... que podem até dar a você a falsa impressão de "melhora", mas estão apenas preparando o terreno para sugar suas energias mais tarde, cobrando cada vez mais e mais... pois são insaciáveis no seu desejo de fazer o mal. ISTO NÃO É NEM NUNCA FOI UMBANDA!
Lembre-se sempre: a Umbanda é Caridade!



Lamento desapontá-lo(a) mas você não verá isso acontecendo em nenhum VERDADEIRO TERREIRO DE UMBANDA!
Não existe isso de que Exu tanto faz o mal como o bem e que depende de quem pede. Isso simplesmente não tem lógica alguma. Se não concorda me responda o seguinte: Como Orixá iria "colocar" Exu como Guardião se ele não fosse confiável? Se ele se "vendesse" por um despacho, por cachaça, bichos, velas e outros absurdos que vemos nas encruzilhadas?
Além do mais Exu não é idiota. Se até uma criança sabe o que é "certo" e o que é "errado" Exu não vai saber?
Exu e Pomba Gira são espíritos em busca de evolução e compromissados com a espiritualidade superior. Agora, o que tem de obsessor que se faz passar por Exu e Pomba Gira não está no gibi! E a culpa é de quem? Dos médiuns inviligantes e trapaceiros! Que usam a sua mediunidade a serviço do astral inferior!
Francamente!! São absurdos como esses que fizeram com que a Umbanda e os Exus e Pomba Giras fossem tão execrados por outras religiões!
Para começo de conversa, na Umbanda não há matança de animal e nem trabalho de amarração. Não fazemos trabalhos para trazer a pessoa em "X" dias de volta. Fuja correndo de quem cobra por consultas ou trabalhos. Na Umbanda não existe nenhum tipo de cobrança.
Não existe barganha na espiritualidade superior! Existe na inferior. Se você estiver disposto(a) a pagar o preço, que pague. Mas não diga que foi na Umbanda que você fez esse tipo de coisa. Mesmo que o dono do lugar se diga de Umbanda e se apresente como Pai no Santo.

Lembre-se sempre: a Umbanda é Caridade!
ESCRITO POR 
Mãe Iassan
Dirigente do CECP
 

Os Guias

 
Espíritos de Luz e plenitude que vêm à Terra para ensinar e ajudar todas as pessoas, encarnadas e desencarnadas.
Guias: Pretos-Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Africanos, Baianos, Marinheiros, Crianças, Orientais, Ciganos, Exus e Pomba-giras, ...

Os Espíritos (generalização).

Seres desencarnados que atuam de várias maneiras no mundo em que vivemos: maneiras positivas (são os Guias da Umbanda; os espíritos de Luz do Espiritismo - Kardecismo). Maneira negativa: espíritos maléficos ou perdidos (os Kiumbas - nome dado na Umbanda); obsessores ou espiritos sem Luz (nome dado no Espiritismo).

Zé Pilintra quem e esta entidade?

 

 Sou guia, sou corrente, egrégora e proteção. Sou chapéu, sou terno, gravata e anel. Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro. Sou Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua. Sou faca, facão e navalha. Sou armada, cabeçada e rasteira. Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.
Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados. Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.
Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé. Sou porta aberta e jogo fechado. Sou Angola e sou Regional.
Sou cachimbo, sou piteira, cigarro de palha e fumo de corda. Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.
Sou jogo de rua, sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.
Sou proteção ao desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.
Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantada.
Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e dou bamba.
Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.
Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.
Sou roda, sou jogo, sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.
Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança.
Sou amigo, parceiro e companheiro.
Sou Magia, sou Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.
Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido. Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou Camisa Preta.
Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.
Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia.
Sou o desconhecido, sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.
Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida:
Eu Sou Zé Pilintra!