Assim, quando virem alguma entidade mantranizando desta forma, como descrito, já saberão que ali está sendo feita uma terapia e, portanto, há ciência, fundamento, e não primitivista como alguns mais desinformados costumam apregoar. Claro que aqui não entraremos em pormenores do assunto, pois o objetivo nesse momento é o de esclarecer o básico. No futuro, se Zamby permitir, haverá um aprofundamento gradual nesses conceitos.
Os pontos cantados, muito comuns nos terreiros, sejam eles de quaisquer grau, são mantras codificados. É claro que eles são dados pelas entidades, quando realmente incorporadas em seus médiuns e mais raramente pela sensibilidade astral. Quando assim o é, dizemos que esse ponto é de raiz. Os pontos cantados são verdadeiras preces e invocações que geram imagens positivas, induzindo todos as coisas da espiritualidade. E, para aproveitar seus benefícios, o Caboclo 7 Espadas aponta o seguinte caminho: “Procurem entoar os pontos cantados adequadamente, sentindo-os e não apenas cantando-os. Sinta-os em sua alma e verá surpreso, como você canta bem, como você está bem.
E, para acabar esse tópico diremos que cada ponto possui um ritmo particular, que por sua vez indicam uma freqüência ligada as linhas espirituais de que se originam. Vejamos o quadro abaixo e entenderemos melhor este aspecto:
a) vibração espiritual de Oxalá – os sons de seus pontos são místicos e predispõem as coisas do espiritual;
b) vibração espiritual de Ogum – seus sons são vibrantes, induzem ao despertar da fé verdadeira e pura;
c) vibração espiritual de Oxóssi – seus sons são imitações da harmonia da natureza e ajudam no equilíbrio psíquico;
d) vibração espiritual de Xangô – seus sons são graves, são cantados baixos, reforçam o campo astral e portanto emocional;
e) vibração espiritual de Yorimá (pais-velhos) – seus sons são dolentes, melancólicos, predispõem a meditação, ao auto-conhecimento;
g) vibração espiritual de Yemanjá – seus sons são suaves, predispondo a renovação afetiva e emocional.